Tradição Africana e projetos contra o racismo marcam debates no Coletivo Dalvani Lelis

 

O teólogo Jayro Pereira foi o convidado da roda de conversa que deu início aos trabalhos do Coletivo Dalvani Lelis, hoje (12), no Hotel Nacional, em Brasília/DF. A programação trouxe, ainda, a apresentação dos projetos Escola sem Racismo e Encontro de Fronteiras.

Para o educador, é fundamental nos remetermos à história e nos familiarizarmos com o processo de colonização para identificarmos a violência contra os negros, que persiste nos dias de hoje. Pereira abordou conceitos de colonialidade, dominação e diversidade. “Precisamos repensar o que fizeram de nós e o que podemos vir a ser”, esclarece.

De acordo com o professor, os vários grupos humanos têm diversidade civilizatória e o país precisa levar isso em consideração. Na visão dele, o racismo é camaleônico, toma as cores de acordo com os lugares.

Outro item da pauta do Coletivo foi a apresentação do projeto Escola sem Racismo, conduzida pelas professoras Roseane Ramos, secretária de igualdade racial do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás/Sintego, e Anatalina Lourenço, diretora do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp). A proposta é impulsionar este selo, instituído pela CNTE, para todo o Brasil, de forma a provocar as escolas à construção de projeto político-pedagógico que não seja eurocêntrico e continue desenvolvendo ações de combate ao racismo, em contraponto à escola sem partido. “Estamos vivendo uma época de pós-golpe, de construção de escola acrítica para todas as relações humanas, principalmente às que subalternizam as pessoas”, relembra Roseane.

Ao final, o grupo se familiarizou com a proposta do Encontro sem Fronteiras, a partir da fala do professor José Luiz Rodrigues, do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais/SindUte-MG. A iniciativa prevê debates coletivos sobre temáticas negras, com a participação dos sindicatos e a CNTE.

Fonte: CNTE

Aplb

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