A Consciência Negra é uma expressão que designa a percepção histórica e cultural que os negros têm de si mesmos. Também representa a luta dos negros contra a discriminação racial e a desigualdade social.
O Dia da Consciência Negra é comemorado em todo território nacional. Essa data foi escolhida por ter sido o dia da morte do líder negro Zumbi, que se destacou pela luta contra a escravidão no Nordeste. A celebração relembra a importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade. Afinal, as gerações de afro-brasileiros que sucederam a época de escravidão sofreram (e ainda sofrem) diversos níveis de preconceito. Por isso é importante lutar por um país que contemple todas as pessoas, um país que, de fato reconheça os direitos e valorize todas as pessoas independentemente da raça/etnia.
A data foi estabelecida pelo projeto Lei Federal n.º 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003 e inserida no calendário escolar, assim o ensino da cultura afro-brasileira passou a fazer parte do currículo da educação básica em todo o país.
Importante lembrar que a Lei surgiu por causa das muitas lutas dos Movimentos negros, como uma das reivindicações de se fomentar direitos negados às populações negras ao longo da História, trazendo à tona que sempre houve uma falsa democracia racial pairando no imaginário social brasileiro.
A pesquisa é uma das maneiras de fortalecer a luta contra uma estrutura racista. Em Jequié, o Órgão de Relações Étnicas e Contemporaneidades – ODEERE – programa de pós-graduação vinculado à Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, vem se destacando por realizar estudos e pesquisas voltadas às populações negras, no tocante às culturas como religiões, arte, trabalho, feminilidades e masculinidades, formação e cotidiano familiar, quilombos rurais e urbanos, além de outros temas relacionados a essas populações.