As declarações feitas no dia de ontem pelo presidente Jair Bolsonaro se voltam, mais uma vez, contra os/as professores/as, seus sindicatos e a própria educação do país! Em mais um de seus ataques verborrágicos, o presidente Bolsonaro, que chegou ao Palácio do Planalto em uma eleição marcada por notícias falsas e ausência deliberada nos debates públicos sobre seu programa de governo, disse que os/as professores/as não trabalham e que nossos sindicatos são formados pelo que ele chamou de “esquerda radical”.
Mais uma vez o atual mandatário do país, que não é nada educado e odeia a educação e seus/uas trabalhadores/as, erra o alvo! Não poderíamos viver em um país governado por quem, além de não valorizar a educação de seu povo, ataca recorrentemente os milhões de professores/as deste país que, em tempos de pandemia, estão a se desdobrar, da forma que for possível, para oferecer a nossos/as estudantes a educação no que tem sido possível fazer. A morte de milhares de vidas parece ser apenas uma fria estatística para o atual presidente, mas para nós não! Para os/as professores/as e funcionários/as de escola, o espaço da educação se constitui hoje no principal instrumento de resistência aos desmandos do atual governo federal e de defesa da vida!
Em um país absolutamente sem comando, a resistência à abertura das escolas nesse momento é a principal bandeira para defender a vida, não somente dos/as profissionais da educação, mas de toda a sociedade. Temos certeza que, se as atividades escolares forem retomadas nesse momento, a avalanche de contaminação e de mais mortes iriam elevar essas estatísticas para patamares ainda mais inaceitáveis.
É inadmissível que em um momento de tamanha gravidade sanitária, o país padeça e se ressinta de uma liderança à altura do cargo que o de Presidente da República exige de seus ocupantes. O Presidente Bolsonaro não guarda os requisitos necessários para continuar exercendo a presidência do Brasil. Torna-se urgente e imperiosa a sua renúncia e afastamento! O país não aguenta mais tantos desmandos do atual presidente e, por outro lado, também estamos fartos da cumplicidade dos outros Poderes da República, que deveriam se prestar a ser um contrapeso a todo esse quadro.
Da nossa parte, continuaremos a travar o bom combate! Enquanto o atual presidente ataca os/as professores/as e a educação de nosso país, estaremos aqui defendendo a educação pública, de qualidade, laica e socialmente referenciada! Na semana que estamos a comemorar os 99 anos de nascimento de Paulo Freire, nos sentimos, mais do que nunca, na melhor das companhias para seguir lutando em defesa do direito à educação de nosso povo!
Brasília, 18 de setembro de 2020
Direção Executiva da CNTE