ESCOLA MUNICIPAL JOANA ANGÉLICA, EM ITAJURU, É UM MODELO FIEL DA DESIGUALDADE EXISTENTE NA EDUCAÇÃO PÚBLICA.

Quando falamos sobre igualdade de oportunidades na educação, falamos sobre eliminar a pobreza e garantir mais justiça social e mais investimentos com responsabilidade nas escolas públicas. A insuficiência de recursos financeiros é apontada como um dos fatores que mais dificultam o funcionamento dessas escolas.

No Brasil, a desigualdade na educação está ligada à infraestrutura das escolas”, afirma Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. “Redes maiores, com estruturas adequadas, laboratórios, bibliotecas e professores com melhor formação, são mais eficientes”, diz. Além dessas questões, nos deparamos com outros problemas do cotidiano nas Unidades de Ensino, um exemplo é a baixa remuneração de todos que atuam na educação, particularmente, os professores que não têm valorização justa e esbarram sempre com dificuldades diárias da realidade escolar.

Em Jequié, a situação da educação pública municipal não é diferente da realidade brasileira, e nos últimos anos a estrutura escolar, valorização e o critério de nomeação dos gestores escolares pioraram significativamente no Sistema Municipal de Ensino, impactando negativamente nos resultados institucionais.

Um dos exemplos que representa fortemente a irresponsabilidade e a falta de compromisso com a educação pública municipal é como se encontra atualmente a Escola Municipal Joana Angélica, situada no Distrito de Itajuru, que passou por uma reforma em 2018 pela Empresa BMV, com um orçamento inicial para a reforma no valor de R$ 94.720,18, porém neste final de  ano de 2020 ela encontra-se totalmente destruída, ano em que a maior parte do tempo escolar foi suspenso devido a pandemia, e ainda os seus climatizadores, que deveriam ter sido instalados, estão em situação precária e de abandono na área externa do Prédio Escolar. “Todo o investimento com a reforma e a compra de climatizadores foi feito com recurso público vindo do Precatório do Fundef que foi destinado ao município de Jequié, lamentavelmente, o que estamos presenciando é que esse investimento não foi revertido como deveria ser, um bem valioso e importante para uma escola que atende aos filhos do povo de baixa renda e não possui condições de matriculá-los em uma escola privada. Modelo fiel de desigualdade na educação pública. Desolador”, ressaltou a professora Caroline Moraes, Diretora da APLB – Sindicato de Jequié.

Fonte das imagens: Portal Jequié 

Aplb

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